Parece óbvio pensar que para superarmos nosso pessimismo e pensamentos negativos, devemos pensar com positividade. “Seja positivo”, “pense positivo”, “sorria”, “vai dar tudo certo”. Quantas vezes ouvimos isso? Mas a verdade é que os extremos pessimismo e otimismo são faces da mesma moeda – são distorções cognitivas. São pensamentos não realistas, que nos trazem sentimentos de desânimo e frustação, e atitudes de cobrança.
Já conversamos aqui sobre a pressão vinda das redes sociais para que estejamos bem (clique aqui). Por todo lado, há fotos bonitas e de pessoas felizes. E nós, que talvez não estejamos em um dia tão bom, passamos a nos questionar: “O que há de errado comigo?“. Muitas vezes nada. Não há nada de errado em se sentir triste de vez em quando, em tirar um dia para não fazer nada. Somos cobrados a ter atitudes que muitas vezes não condizem com o que pensamos e com o que sentimos.
Então seja positivo, mas se de fato estiver se sentindo desta forma. E viva a sua tristeza, o seu desânimo, pois isto também é necessário. Não mascare suas emoções, tenha respeito por si mesmo. A observação e, principalmente, a aceitação de como nos sentimos, são primordiais para a identificação de pensamentos disfuncionais, aqueles que não condizem com a realidade.
Assim sendo, retomando a questão inicial, podemos dizer que a melhor forma de lidar com o pessimismo não é buscando ser positivo, mas buscando pensamentos realistas, funcionais, baseados nas evidências que temos (veja mais sobre a TCC aqui). E tudo isso passa pelo nosso olhar para dentro (sobre nós) e para fora (sobre o mundo), que devem constantemente revistos e corrigidos.