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Quando unimos duas forças

Ao unir duas forças em nosso trabalho clínico, vemos que duas frentes devem ser interligadas, para que haja uma melhoria do trabalho terapêutico com nosso cliente. Isso é, entendo como necessário em alguns casos, que além da terapia em si, o paciente possa usufruir de uma ajuda psiquiátrica.

Ao meu ver, a Psicoterapia se beneficia em alguns pontos da Psiquiatria, como a Psiquiatria se beneficia da Psicoterapia. É importante saber, que não é uma competição, e sim a integração que servirá para melhoria do nosso paciente. Os dois buscando sempre a melhoria do outro.

Nós Psicólogos ficamos na dúvida, de quando se deve encaminhar um paciente para um psiquiatra. Ao mesmo tempo, nossos pacientes ficam com receio de aderir uma ajuda, que envolva medicamentos, e não necessariamente fazem-no ficar “viciados”.

Para que todos possam entender, nem todo mundo deve ser encaminhado pelo Psicólogo para uma consulta psiquiátrica. Pois cada caso é um caso, e até aquele caso que inicialmente não vejamos necessário em encaminhar, pode ser futuramente uma possível demanda. Como também, existem pessoas que chegam até a mim com um quadro psicopatológico “grave”, e não necessariamente é acompanhado por um psiquiatra.

Fico atenta para um possível encaminhamento, nesses casos:

-TAG(Transtorno de Ansiedade Generalizada).

-Depressão média e profunda.

-Transtornos de Humor.

-Transtornos de Personalidade.

-Transtornos Alimentares.

-Suicídio.

-Automutilação.

Entre outros…

Também devemos explicar ao nosso paciente, que nem todo remédio psiquiátrico é um possível “viciador”, nem todos são tarja pretas. E, até mesmo aqueles que são, não são indicados sempre a serem usados com tamanha frequência. Outro ponto, é chamar a atenção sobre a questão de se automedicar ou procurar médicos de outras especialidades, que não seja um psiquiatra, para fins psicológicos. Já que, como muitos sabem, nosso país tem uma grande porcentagem de pessoas que costumam se automedicar. Automedicação sim leva a problemas futuros com remédios. […]

O que devemos entender é que existe um sofrimento nas pessoas com psicopatologias, e que o remédio não será o componente de “salvação”. Logo, nosso objetivo ao unir as duas vertentes, não é a cura completa, e sim que a pessoa possa ficar o mínimo que seja mais tranquila consigo, possa obter um pouco de alívio emocional. O apoio psiquiátrico ajuda a formarmos uma rede com nosso paciente, além de outras redes que necessitam ser agregadas a todo processo terapêutico.

Psicológa Gabriella C. Pereira