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Profissionalismo e excelência nos dias atuais: Será que precisamos disso tudo?

Você já se perguntou de onde vem tanta cobrança para sermos além do que somos? De onde vem o ideal de que precisamos conquistar além do que talvez esteja ao nosso alcance? Seja sempre o melhor, busque sempre mais, tenha cada vez mais ambição… Será mesmo que precisamos de tudo isso? Quem disse que não pode bastar estarmos felizes e confortáveis com nossas escolhas?
Conquistamos algo que estávamos almejando muito, e pronto! Agora já queremos algo a mais; nos perguntamos: O que vem depois? Não aproveitamos os momentos pelos quais batalhamos para vivenciar, tudo se esgota muito rapidamente. E isso não é diferente com nossa carreira profissional.
Quando escolhemos uma profissão, idealizamos demais tudo o que pode vir dela e como será na prática exercê-la. Mas o que ninguém nos conta é que tudo na vida tem seu “ônus”. Não é sempre maravilhoso trabalhar com o que se ama, e muitas vezes a gente até deixa de amar tanto o que se amava porque a convivência do dia-a-dia torna qualquer atividade em muitos momentos maçantes. Não romantizemos o profissional perfeito, porque ele não existe! Não romantizemos a profissão perfeita, porque ela também não existe! Somos o que somos e temos nossas limitações. Por que insistir em ser sempre mais?
Existe um processo pelo qual todos passamos no início de nossas carreiras profissionais e ao longo de novos projetos – e que requer muita paciência e resistência: temos que começar. Muitas vezes (re)começar. Tentar de novo, insistir, persistir… E poucas pessoas falam sobre isso. Dá vontade de desistir, de não ir em frente, de chorar e ficar deitada(o). Será que vai passar? Quanto tempo vou precisar insistir em algo que parece não dar certo? Será que sou capaz?
Nos questionamos o tempo todo diante de novos começos, e adivinha só: é normal! Precisamos normalizar nossas angústias e sofrimentos, porque a vida sem esses contratempos e ansiedades, não existe!
A exigência pela excelência pode muitas vezes massacrar nossas vontades e desejos, porque ela vem carregada de comparação. Não é porque alguém conseguiu atingir um objetivo que você também precisará – pergunte-se qual é o seu caminho. O que desperta o seu desejo?