A Ansiedade é definida como:
“sensação de receio e de apreensão, sem causa evidente”; sinônimo de ânsia, aflição, “perturbação de espírito causada pela incerteza ou pelo receio”.
Seus sintomas físicos (somáticos) mais comuns são:
* taquicardia;
* sudorese;
* cólicas abdominais;
* náuseas;
* arrepios;
* dores musculares;
* tremores;
* adormecimentos;
* sensação de asfixia, “nó na garganta”;
* perturbações do sono (insônia, dificuldade para adormecer, acordar no meio da noite)
* fadiga ou esgotamento.
* preocupação excessiva
* insegurança
* dificuldade de concentração
Um estudo recente da Universidade de Harvard descobriu que 46,9% do tempo a mente não está no momento presente. Praticamente metade do tempo da vida, a mente fica perdida em lembranças do passado ou em preocupações com o futuro.
“Você não deveria…”, “Porque você fez isso?…”, “Agora você vai…”, “E se você…”. Mas o que realmente importa no meio disso tudo? A identificação é tanta que não percebemos aonde estão nos levando. Você não é seus pensamentos. Você é quem os observa.
Será o ritmo de vida acelerado, o excesso de compromissos e informações, a sobrecarga de trabalho, a insegurança, o trânsito, a competitividade no ambiente de trabalho, as mídias sociais, a alimentação, a genética, a alteração hormonal, as condições sociais, o estilo de vida? Ou todas as alternativas anteriores?
Já o medo é “Um sentimento de grande inquietação diante da noção de um perigo real ou imaginário”.
Sentir o medo na medida certa, tem uma função essencial para nossa espécie. Pois ele que aciona nosso comportamento de autoproteção diante dos riscos com os quais nos deparamos no dia a dia ou em situações de risco.
É necessário senti-lo. Sem o medo protetor e instintivo, seríamos seres totalmente destemidos, inconsequentes e provavelmente mais violentos e cruéis. Na dose certa gera defesa em situações de perigo reais e iminentes, como em um tiroteio, por exemplo, buscaremos abrigo.
Quando se excede já é um sinal do nosso corpo, é a aflição constante do não feito, do que está errado, de que esqueceu alguma coisa importante, de que não vai dar conta de tudo o que tem para fazer. É um conflito permanente.
A identificação é o primeiro passo pois nos direciona a um tratamento precoce, diminuindo a gravidade desses sintomas ao longo tempo. E se queremos resolver o problema, o sintoma não deve ser ignorado e muito menos ser tratado isoladamente.
Procure ajuda e jamais normalize esses sintomas. Ansiedade tem tratamento e não é uma sentença para sua vida. Não sei o que está passando nesse momento, mas devo te dizer que:
O que você sente importa, e isso precisa ser visto e acolhido. Viver dá trabalho e isso não significa que tem algo errado com você. Ser Humano não é uma doença, e nem toda emoção ruim é doença.
Com afeto, Psicóloga Raíssa Lin.
Referência: Livro “Mentes Ansiosas” – de Ana Beatriz Barbosa Silva com a colaboração de Dra. Lya Ximenez |https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/PSrDy4ZFSGDCzNgJfJwVRxz/?format=pdf