Categorias: Autoestima, Comportamento

Em nome do amor próprio: Autoestima

Na semana passada realizei um trabalho sobre o tema: Autoestima.  Na preparação da atividade pensei em algo que proporcionasse aos participantes um espaço de reflexão, pois observo que a mudança  surge a partir da reflexão e que hoje em dia é muito difícil termos esses momentos na vida: pararmos  e olhar a própria vida.

Abaixo um resumo do conteúdo:

 O que é Autoestima?

É o valor que você atribui a você mesmo. Esse valor está relacionado a vários aspectos de sua  vida: ao seu corpo, a sua vida profissional, familiar, relacionamento…

 Como que percebemos esse valor?

É só você observar a  sensação que você tem ao olhar para sua vida .O que você sente quando    observa sua vida afetiva, profissional, seu corpo …?Você se sente satisfeito(a)?  Defino  autoestima como  o sentimento de satisfação e amor  que você tem por você e  sente pela sua  vida.

Baixa Autoestima X Autoestima:

As pessoas de baixa autoestima  não buscam explorar suas qualidades,  elas buscam fazer coisas de uma forma que ela seja amada e aceita pelo outro. Dificilmente tem ações voltadas para  o seu próprio desejo, na verdade elas acabam nem conhecendo muito bem os seus desejos.  Então quando eu percebo essa baixa autoestima sempre tenho focar e pergunto para o cliente: O que  você quer fazer? Quais são os seus desejos e sonhos? Quais as suas possibilidades diante de determinada situação? Em que você acredita? Como você gosta de usar seu cabelo…? E por aí vai…

Porém, muitas vezes a pessoa que está com autoestima no chão, não consegue refletir sobre os  aspectos e posturas diante da sua  própria vida. Ela realmente acredita  que será mais amada quando aceitar todos os pedidos da esposa, dos amigos do trabalho, quando comprar aquele relógio novo que “todo mundo tem”…

“Ela faz de tudo para se sentir  mais segura, mas busca essa  segurança no outro. Com isso ela vai ser tudo, menos o que realmente é.” ( Farah, 2011)

O resultado disso é uma tremenda sensação de insatisfação, é uma sensação  de enorme frustração. Muitas pessoas não identificam claramente a relação desse sentimento com a questão da autoestima.

Se você passa a maior parte dos seus dias com a sensação de insatisfação, isso  está  mais relacionado ao seu interior, suas limitações, história de vida, do que com o mundo externo.

Quem escolheu o marido, o emprego, educou os filhos, comeu aquela guloseima no final de semana? Quem decidiu comprar roupas novas sem avaliar as possibilidades financeiras?

Não contradizendo as coisas que falei anteriormente, comprar umas coisas novas, por exemplo, faz muito bem. Ter   algumas atitudes para agradar um amigo, a esposa também pode ser bem legal, e  algumas vezes até necessário. Porém, é importante  refletir e perceber se isso faz algum sentido para você.

Outro ponto interessante é diferenciar narcisismo e autoestima conforme feito pela psicóloga Eliane Farah:

“ O narcisista não tem amor por si mesmo.  É aquele cara que se acha, é aquela pessoa que vende a sua imagem como se fosse uma pessoa  super segura e que muitas pessoas acabam acreditando.

“Então a baixa autoestima aparece de duas maneiras opostas: numa insegurança visível, a pessoas  não acredita nela, que ela será boa suficiente, agradável suficiente. Ou então nesse lado super defendido, quando a pessoa usa a máscara da segurança para ninguém perceber como ela é e como se sente frágil. Ela não pode arriscar.

A pessoa que tem baixa autoestima não aceita cair. Diferente de quem tem autoestima e pensa: eu posso cair e eu tenho condições de levantar.  Ela aceitar correr riscos medidos por ela. Quem tem autoestima preservada não precisa criticar as pessoas o tempo todo, não precisa depreciar.  As pessoas  fazem isso para ficar numa posição intocável. ” (http://www.psicologica.tv/doispontos/inicio, Data do acesso: 03/08/2012)

E de onde vem tanta baixa autoestima? Como  cuidar da auto estima?

É claro que a baixa autoestima não cai de para quedas na cabeça de ninguém. Ela tem uma raiz. Muitas vezes a autoestima está relacionada  a uma questão mais profunda, é o contexto em que  você foi criado e o que você conseguiu fazer com ele. Está relacionada ao próprio desenvolvimento. Não estou “culpabilizando” pai e mãe.  Apenas acho importante olhar para o comportamento humano dentro de um contexto.

Eliane Farah (2011) descreve de maneira bem clara essa parte do desenvolvimento:

“ Quando  criança   o valor que atribuímos  as coisas vem do adulto-  construímos o nosso olhar a partir do adulto. Você começa a nomear o bom e o ruim a partir do contato com o adulto. Então quando o adulto se relacionado com a criança cobrando que ela seja algo que ela não é, ela  começa desde cedo a não ter permissão de ser quem ela é ou gostaria de ser. Por  exemplo uma criança que é muito  introvertida e os pais querem que ela seja mais extrovertida: ela começa a entender que o jeito dela é errado. Ela deveria ser de um jeito que ela não é para a agradar o outro . Quanto mais for a pressão dos pais maior a dificuldade. Ela está sempre buscando  uma forma que  acredita agradar os outro porque isso a deixa mais segura. ”

Porque  na infância a aceitação é muito importante.

É importante saber que você não precisa ser perfeito para ser aceito, muito menos para viver bem e ser feliz. Você pode ir para o mundo segura, com seus defeitos, com sua imagem, com suas inseguranças.

O mais importante em relação a esse tema é poder refletir sobre a vida de vocês.

O que  você faz para sentir bem em relação a sua própria vida?

A autoestima está relacionado ao quanto você conhece sobre você mesmo.  Assim  torna-se possível fazer boas escolhas.

Em alguns casos para “bancar” o que queremos ser e fazer, frustramos os que estão ao nosso redor. Na infância isso costuma não ser possível muito em função no nível de dependência que a criança tem em relação ao adulto. Mas depois que nos tornamos adultos, isso se torna possível.

Deixo algumas perguntas para você refletir ?

Você consegue observar o que tem de bom? Realmente acredita nas suas habilidades? Confia em você mesmo?

É possível trabalhar a auto estima na terapia individual ou de  grupo?

Sim. Tanto na terapia individual quanto na terapia de grupo as  questões relacionadas a auto-estima são trabalhadas de acordo com as necessidades dos clientes. A escolha da modalidade de atendimento depende da disponibilidade do cliente e avaliação feita pelo terapeuta.

Gostou da matéria? Entre em contato e conheça mais sobre o trabalho da psicóloga Luciana Zimmerer

Referências:

http://www.psicologica.tv/doispontos/auto-estima-awareness-elaine-farah. Acesso em: 03/08/2012

Algumas sugestões de livros sobre o assunto:

.AUTO-ESTIMA – APRENDENDO A GOSTAR MAIS DE VOCÊ: NATHANIEL BRANDEN

.VOCÊ PODE SER FELIZ” – AUTOR – RICHARD CARLSON

.A TERAPIA DO RISO – A CURA PELA ALEGRIA: DR. EDUARDO LAMBER

.A CARÍCIA ESSENCIAL – UMA PSICOLOGIA DO AFETO : ROBERTO SHINYASHIKI

Maiores informações:  (21) 98214.0089