“A nossa sombra diz respeito a aspectos sombrios, que geralmente não gostamos muito, partes nossas que ainda não foram iluminadas pelo nosso reconhecimento e aceitação. São geralmente sentimentos, características de personalidade e desejos que são desagradáveis ou reprováveis socialmente”. Como exemplo, temos os sentimentos como ciúmes, inveja, competitividade, rancor, maldade, egoísmo, entre outros que são valorados negativamente pela sociedade. (CARDELLA, 2009).
🔅quando rejeitamos esses aspectos, (talvez porque aprendemos que eles são errados ou feios), eles ficam desconectados da nossa personalidade, compondo essa sombra que tende a se expressar por meio de comportamentos projetivos que podem prejudicar nossa comunicação nas relações interpessoais e também o nosso desenvolvimento pessoal. Isso pode aparecer como:
🔅podemos ter dificuldade de perceber quando esses aspectos aparecem nas atitudes dos outros (um exemplo: não percebo que outro compete comigo, pois não reconheço a minha própria competitividade);
🔅podemos responsabilizar as pessoas por aquilo que nos pertence;
🔅e também atribuir ao outro coisas que são nossas e não dele.
Não é fácil reconhecer em nós aquilo que desaprovamos!! É como se algo sobre nosso autoconceito morresse para se transformar!! É doloroso perceber que temos uma parte que não é tão boazinha e bonitinha como aprendemos que deveria ser.
Mas quando a gente vai se aproximando dessa sombra, vai ficando cada vez menos doloroso ter que lidar com ela. A terapia aqui é fundamental!
🔆apropriar-se dos aspectos sombrios nos protege e fortalece, já que nos tornamos lúcidos de aspectos que também vamos encontrar nos outros.
Quando reconhecemos nossa precariedade (as características em nós que desaprovamos), podemos nos apropriar de nossa abundância e sermos pessoas inteiras, autênticas e responsáveis com as nossas relações❗
Dica de livro:
CARDELLA, B. Laços e Nós: amor e intimidade nas relações humanas. São Paulo: Ágora, 2009.